Este Blog tem por objetivo explorar temas relacionados à Educação Cristã e ao Ensino Bíblico. Acredito que o conhecimento das Escrituras é essencial para o crescimento espiritual e a formação de discípulos comprometidos. Neste espaço, compartilho insights, reflexões e recursos para enriquecer sua jornada de fé.

terça-feira, 12 de março de 2024

LIÇÃO 1 - A ORIGEM DA IGREJA

 1° TRIMESTRE DE 2024 ▶ EBD ADULTOS

HINOS SUGERIDOS: 247 • 432 • 434 - DA HARPA CRISTÃ


TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” - (Atos 2.38)


VERDADE PRÁTICA

A Igreja é a família de Deus, comprada com o sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Deuteronômio 4:10 - O povo de Deus reunido debaixo do Antigo Pacto

Terça – Atos 20:28 - A Igreja foi comprada com o sangue de Cristo

Quarta – Efésios 1.3:6 - A Igreja idealizada em Deus

Quinta – Mateus 16:18 - A Igreja como propriedade exclusiva de Deus

Sexta – Atos 2.42:47 - A Igreja como uma comunidade de salvos

Sábado – 1 Coríntios 12:13 - A Igreja selada com o Espírito Santo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.1:2 

1 – Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 – e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

Atos 2.37:38

37 – Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?

38 – E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

I) Descrever a trajetória do povo de Deus na Bíblia e na história;

II) Apresentara Igreja como criação divina;

III) Identificar a Igreja como a comunidade de salvos.


■ INTRODUÇÃO

Este trimestre está intrinsecamente ligado ao trimestre anterior, que abordou o tema: “Até os Confins da Terra – Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo”. Durante o trimestre anterior, estudamos sobre a missão da igreja. Agora, aprofundaremos nosso conhecimento sobre a igreja em si.
A primeira lição serve como uma introdução, fornecendo uma visão geral do que estudaremos ao longo deste trimestre. Começaremos explorando a origem da igreja. O dicionário define “origem” como a “primeira causa determinante, começo, princípio ou procedência”. Portanto, a palavra-chave desta lição, que se aplica a toda a revista, é igreja. Todas as explicações nesta lição giram em torno da origem da igreja. Vamos mergulhar nesse tema fundamental e compreender suas raízes históricas e espirituais. 

Uma rápida leitura do Novo Testamento é suficiente para percebermos o que a Igreja é de fato e que importância ela tem. Para os apóstolos e os primeiros cristãos a Igreja era relevante. Paulo, por exemplo, a denominou de “coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3:15); e Pedro a chamou de “geração eleita” (1 Pedro 2:9). Nesta lição, mostraremos o que a Bíblia, de fato, revela sobre a Igreja de Deus. Veremos que a ekklesia, a Igreja de Deus, longe de ser meramente uma associação de pessoas, é uma instituição divina.


PALAVRA-CHAVE: IGREJA


I – O POVO DE DEUS NA BÍBLIA E NA HISTÓRIA

1. No Antigo Testamento. O termo hebraico qahal é usado para se referir a um ajuntamento do povo de Deus debaixo do Antigo Pacto. Nesse aspecto, o seu uso é o de “uma convocação para uma assembleia” ou “o ato de reunir-se em assembleia”. Dessa forma, qahal é descrito como o povo reunido (Dt 4.10); congregação do povo (Jz 20.2); multidão (1 Sm 17.47 – NAA); congregação (1 Rs 8.22); congregação de Israel (1 Cr 13.2) e grande ajuntamento (Ne 5.7). O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúlticos ou não.

No Antigo Testamento, o povo de Deus estava restrito à nação de Israel. Essa nação era composta principalmente pelos judeus, mas também incluía alguns estrangeiros que se convertiam ao Deus de Israel. Esses estrangeiros, ao adotarem a fé e os costumes do povo de Israel, tornavam-se parte desse povo escolhido por Deus. No entanto, a inclusão de outros povos como povo de Deus não era uma prática comum em grande escala durante esse período. A ênfase estava na aliança entre Deus e Israel, e essa aliança era central para a identidade e a missão desse povo.


2. No Novo Testamento. O termo grego ekklesia se refere à igreja cristã. Contudo, no contexto neotestamentário, o seu sentido diferirá do que lhe é dado no Antigo Testamento, tanto na forma como na função. Não é apenas uma raça ou nação, mas todos aqueles, de diferentes raças e nações, que foram comprados pelo sangue de Cristo (Efésios 3:6 • Atos 20:28 • Apocalipse 5:9). Assim, o seu sentido no Novo Testamento é majoritariamente sacro, isto é, de uma assembleia de crentes que se juntaram para adorar a Deus (Atos 12:5 • Atos 13:1). Não é apenas um ajuntamento de pessoas, mas uma assembleia de crentes regenerados que se reúnem para adorar a Deus. Jesus, por exemplo, usou o termo ekklesia com um sentido exclusivo – o povo adquirido pelo seu sangue (Mateus 16:18). Dessa forma, o uso paulino de ekklesia, nas suas epístolas, designa sempre a comunidade dos salvos. Assim vemos Paulo saudando a igreja (1 Coríntios 1:2); ensinando as igrejas (1 Coríntios 7:17); disciplinando o uso dos dons na adoração da igreja (1 Coríntios 14.4,5,12,19,23,28,33,34,35) e dando diretrizes à igreja (1 Coríntios 16:1).

O termo (ekklesia), no Novo Testamento, não foi empregado exclusivamente para fazer referência à Igreja do Senhor, mas a uma assembleia, a uma reunião esporádica ou mesmo a um ajuntamento com fins específicos. Em Éfeso houve esse ajuntamento público contra o evangelho, em defesa da deusa Ártemis (At 19.32,39,41) e o termo usado para esse ajuntamento é ekklesia.


3. Na história cristã. Há quem creia que a Igreja subsiste governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele. Evidentemente, a tradição protestante rejeita esse conceito, visto que ele não reflete o contexto do Novo Testamento onde a figura do sucessor de Pedro é totalmente estranha e desconhecida. Após a Reforma do século XVI, a tradição protestante procurou dar um sentido bíblico e mais preciso a respeito do que uma igreja é de fato. Em uma grande denominação protestante histórica, a Igreja é definida como “uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé”. Por outro lado, de acordo com um documento de uma grande denominação pentecostal americana, entendemos a Igreja como “o corpo de Cristo, a habitação de Deus através do Espírito Santo, com divinas nomeações para cumprimento de sua Grande Comissão onde cada crente, nascido do Espírito, é parte integrante da Assembleia Universal e da Igreja dos primogênitos, que estão inscritos no Céu” (Efésios 1.22,23; 2.22; Hebreus 12.23).


SINOPSE I

O desenvolvimento do povo de Deus é mostrado ao longo da Bíblia e da história cristã.


II – A IGREJA COMO CRIAÇÃO DIVINA

1. A Igreja como um ideal de Deus. Desde a eternidade, a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele. Em sua essência, ela é um projeto divino: “Como também nos elegeu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4).Na sua Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo fala de um “mistério” que estava oculto (Efésios 3.3-6). Esse mistério que fora revelado era exatamente a Igreja! Na mente de Deus, portanto, a Igreja já existia. O amor de Deus fez com que Ele provesse um plano para salvar o homem caído. Assim, Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Efésios 5:25).


2. A Igreja como uma realidade concreta. Como vimos, a Igreja não ficou apenas na mente de Deus; ela passou a existir de uma forma concreta. O início da Igreja acontece na plenitude dos tempos: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4). Dessa forma, Deus faz “congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Efésios 1:10). Então, surge a pergunta: “Quando a Igreja passou a existir de fato? Quando ela se estabeleceu na sua forma concreta?” A maioria dos teólogos defende que foi no Pentecostes. A Igreja, por exemplo, não é citada nos Evangelhos de Marcos, Lucas e João. Mateus fala de sua existência, mas como um evento futuro (Mateus 16:18).


3. A Igreja no Pentecostes. Depois do Pentecostes, Lucas destaca que “todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2:47). Dessa forma, a Igreja, que existia apenas no coração e na mente de Deus, se tornava uma realidade concreta quando o Espírito Santo é derramado no Pentecostes após a ressurreição de Jesus (Atos 2.1:2).


SINOPSE II

A Igreja surgiu como o ideal de Deus na eternidade e tornou-se realidade concreta no Pentecostes.


III – A IGREJA COMO A COMUNIDADE DOS SALVOS

1. Regenerados pelo sangue de Cristo. No Pentecostes, o apóstolo Pedro disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados” (At 2.38). Com essas palavras, o apóstolo Pedro estava dizendo como se dá o ingresso de uma pessoa na Igreja, ou seja, por meio do arrependimento e do batismo. A Igreja é uma comunidade cristã formada por pessoas regeneradas que fizeram uma pública profissão de fé. O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão. É exatamente esse o sentido da palavra grega metanoeo, traduzida aqui por arrependimento. Significa uma mudança de mente. Assim, a Igreja é formada por pessoas que estavam no pecado, a caminho da condenação eterna, mas que, graças ao Evangelho, tiveram suas vidas transformadas.


2. Selados pelo Espírito Santo. Já foi dito que a Igreja tem sua origem no dia de Pentecostes. Por meio do Espírito de Deus, somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela. É exatamente isso o que o apóstolo Paulo diz aos Coríntios na sua Primeira Carta: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Coríntios 12:13).


3. O Batismo de Cristo e do Espírito. O apóstolo Pedro, que exortou os presentes no dia Pentecostes a se arrependerem, também disse: “e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). Assim, podemos afirmar que Cristo batizou os crentes com o Espírito Santo e com fogo, um batismo de capacitação (Atos 1:4), enquanto o Espírito os batizou no Corpo de Cristo, um batismo de iniciação, formando a Igreja (1 Coríntios 12:13).


SINOPSE III

Como comunidade dos salvos, a Igreja é a reunião dos regenerados pelo sangue de Cristo e selados pelo Espírito.


■ CONCLUSÃO

Nesta lição vimos como surgiu a Igreja fundada por Jesus Cristo. Ela existiu, primeiramente, no plano de Deus até se estabelecer no Novo Testamento após a morte, ressurreição de Cristo e a infusão dos Cristãos no Corpo de Cristo por meio do Espírito Santo. A Igreja, portanto, não foi idealizada por homem algum, nem tampouco está fundada sobre teses humanas. O seu fundamento é Cristo, que é a cabeça da Igreja. Por isso, é um grande privilégio fazer parte da Igreja, o Corpo de Cristo.


REVISANDO O CONTEÚDO


1. A que se refere o termo hebraico qahal no contexto do Antigo Testamento? 
O termo qahal, portanto, no contexto do Antigo Testamento, se refere ao Israel étnico, uma nação que se juntava ou reunia tanto com fins cúltico ou não.


2. A que se refere o termo grego ekklesia no sentido do Novo Testamento? 
O termo grego ekklesia se refere a igreja cristã.


3. Onde a Igreja estava desde a eternidade? 
Desde a eternidade a Igreja estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele.


4. Como se dá o ingresso de uma pessoa à Igreja?
O ingresso de alguém à Igreja não se dá por adesão, mas pela conversão.


5. Por meio de quem somos batizados no Corpo de Cristo e passamos a fazer parte da Igreja?

Por meio do Espírito de Deus somos batizados no Corpo de Cristo, a Igreja, então, passamos a fazer parte dela.  





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