Este Blog tem por objetivo explorar temas relacionados à Educação Cristã e ao Ensino Bíblico. Acredito que o conhecimento das Escrituras é essencial para o crescimento espiritual e a formação de discípulos comprometidos. Neste espaço, compartilho insights, reflexões e recursos para enriquecer sua jornada de fé.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

LIÇÃO 4 – JESUS – O PÃO DA VIDA

 2° TRIMESTRE DE 2025  EBD ADULTOS


TEXTO ÁUREO
“Eu sou o pão da vida."
(João 6.48)

VERDADE PRÁTICA
Jesus é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.



LEITURA DIÁRIA

 Segunda – João 6.30,31 

 ■ Jesus e a revelação do Pão do Céu


 Terça – João 6.41,42

 ■ Jesus, o Pão que desceu do céu


 Quarta – João 6.52-56
 ■
Jesus, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue


 Quinta – João 7.6-8
 ■
A chegada da presente hora de Jesus


 Sexta – 
João 8.31,32

 ■ Jesus, a Verdade que liberta

 Sábado – João 8.41-47
 ■ Jesus, a Verdade vinda do Pai



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 6.1-14

1 - Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 - E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 - Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 - E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens
em número de quase cinco mil.
11 - E Jesus, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam:
Este é verdadeiramente o profeta que devia virão mundo.


Hinos Sugeridos: 15 • 291 • 432 da Harpa Cristã



■ INTRODUÇÃO
O Senhor multiplicou pães e peixes para saciar a fome de uma grande multidão. No entanto, Ele notou que as pessoas  estavam focadas apenas nas suas necessidades materiais,  preocupando-se unicamente em sa tisfa zer a sua fome  imediata. A lição desta semana visa demonstrar que somos dependentes de Deus. Essa dependência não se limita às necessidades materiais, mas, acima de tudo, refere-se à nossa necessidade espiritual, que só o “Pão da Vida” pode satisfazer plenamente.

Palavra-Chave: Vida

I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
l. A multiplicação de pães e peixes. O Evangelho de João relata um dos mais impressionantes milagres de Jesus, quando Ele conseguiu alimentar quase cinco mil homens com “cinco pães e dois peixinhos” (v.9). A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos (Mateus 14.13-21  Marcos 6.32-44  Lucas 9.10-17). No capítulo 6, versículo 1, João começa com a expressão: “Depois disso”. Esta frase refere-se aos acontecimentos que se seguiram às palavras de Jesus dirigidas aos judeus em Jerusalém, durante a provável Festa da Páscoa mencionada no capítulo 5.

2. O milagre. Como o único milagre mencionado nos quatro Evangelhos, o evangelista procura mostrar a multiplicação de pães e peixes neste capítulo como uma manifestação do poder ilimitado de Jesus. Por esta razão, ele destaca a imagem de Jesus ao alimentar uma imensa multidão composta por homens, mulheres, jovens e crianças que o seguiam. Na sua narrativa, João revela o poder criador e divino que é capaz de trazer à existência aquilo que anteriormente não existia (João 6.11-13). Assim, o milagre da multiplicação de pães e peixes distingue-se dos milagres  de cura e de outros tipos.

3. Qual era o interesse da multidão? Jesus percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava,  mas não para escutar a sua mensagem. Em Jerusalém, os líderes religiosos judeus não apenas rejeitavam-no como o Messias, como também procuravam a sua morte. Ao deixar Jerusalém, o Senhor desejou afastar-se para estar a sós com os discípulos, mas a presença da multidão frustrou este desejo (João 6.2). Ele notou que as pessoas não estavam interessadas em ouvir a sua palavra como Filho de Deus. No dia seguinte, encontrou novamente a multidão que queria mais pão e confrontou-a ao mostrar que buscava apenas alimento material, ignorando o verdadeiro pão do céu para as suas almas (João 6.27). A situação não é muito diferente hoje em dia, quando muitos se apressam atrás de milagres, mas poucos demonstram interesse pela Palavra de Deus. De fato, nosso Senhor compreende as necessidades humanas, mas Ele sabe que não são os grandes milagres que resolverão os problemas das pessoas, pois é preciso algo mais profundo para alimentar as almas.


SINOPSE I
No episódio do milagre da Multiplicação, Jesus percebeu que a multidão o seguida por outros interesses.



II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E Jesus subiu ao monte”. Que monte seria este? Não existe uma designação específica para a localidade deste monte. Tal como em toda a região montanhosa, havia algumas elevações de terreno que, embora não fossem particularmente altas, podiam servir como um local adequado para Jesus se dirigir aos seus discípulos e à multidão. Assim, Ele subiu ao monte e sentou-se com os seus discípulos. A partir dali, nosso Senhor avistou uma multidão que se dirigia ao seu encontro. Por isso, decidiu testar um dos seus discípulos, Filipe, perguntando-lhe: “Onde compraremos pão para que estes comam?” (João 6.5,6). Todo o relacionamento de Jesus com os seus discípulos estava sempre fundamentado em um ensinamento.

2. O desafio para os discípulos. O Senhor utilizou a situação de uma multidão necessitada para transmitir aos seus discípulos uma valiosa lição. Nesse momento, os discípulos compreenderíam que muitos dos desafios da missão evangélica não podem ser superados apenas com o esforço humano. O discípulo Filipe foi colocado à prova por Jesus para enfrentar a dificuldade de alimentar essa multidão faminta (João 6.7-10). Aqui, o Senhor estava demonstrando a limitação humana em resolver problemas complexos. Naquele local, não havia comida suficiente nem possibilidade de compra para satisfazer as necessidades da multidão. O Senhor desafiava assim a fé dos discípulos, sempre com o intuito de promover o seu crescimento espiritual (João 6.6,14).

3. Uma lição de provisão. Os discípulos descobriram um menino que trazia consigo o lanche da tarde, contendo em seu alforje “cinco pães pequenos de cevada e dois peixinhos” (João 6.9). Jesus pegou esses pães e peixes, deu graças ao Pai e, por meio das suas mãos, realizou um milagre de multiplicação. A quantidade foi tão grande que precisaram buscar alguns cestos para distribuir os pães e os peixes à multidão e guardar o que restou. Assim, todos comeram até se saciar. A lição que tiramos deste episódio é que Deus nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.


SINOPSE II
No episódio do milagre da Multiplicação, nosso Senhor desafiou a fé de seus discípulos.



III – JESUS  O PÃO QUE DESCEU DO CÉU
1. Qual é o real interesse da multidão? No dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães e peixes, a multidão que havia participado buscava Jesus na região de Cafarnaum, conforme indicado em João 6.22 e 6.24. Ao encontrá-la, Jesus transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (João 6.26). O Senhor compreendia que a percepção daquela multidão sobre Ele era puramente social; desejavam um líder que satisfizesse as suas necessidades materiais. No entanto, para além do pão físico, nosso Senhor queria oferecer-lhes o pão que desceu do céu (João 6.32,33). O povo não percebia que a multiplicação dos pães era apenas uma representação do verdadeiro pão da vida que Jesus tinha para dar. Nosso Senhor é o pão que realmente apazigua a fome do ser humano (João 6.27).
 
2. O Pão do Céu. Não é preciso debater a respeito da identidade do “pão do céu”,  pois trata-se do próprio Jesus. Nosso Senhor confirma a sua identidade divina quando diz: “Eu Sou”. Há, pelo menos, sete declarações somente no Evangelho de  João que autenticam essa identidade divina: l) “Eu sou o pão da vida” (6.35,48,51); 2) “Eu sou a luz do mundo” (8.12; 9.5); 3) “Eu sou a porta das ovelhas” (10.7,9); 4) 
“Eu sou o Bom Pastor” (10.11,14); 5) “Eu sou a ressurreição e a vida” (11.25); 6) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14.6); 7) “Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Há uma comparação, no versículo 32, entre “o maná” na peregrinação de Israel, no deserto, sob a liderança de Moisés, com o “verdadeiro pão que desce do céu”, ou seja, o próprio Cristo, nosso Senhor, que afirma que quem se alimentar desse pão “viverá para sempre” (João 6.50,51).

3. O que é “comer o pão”? Observamos uma mudança nas palavras de Jesus ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (João 6.51). Mais tarde, o apóstolo Paulo fez uma associação simbólica entre o pão da Ceia do Senhor e a carne de Jesus, afirmando: “Isto é o meu corpo”; “isto é o meu sangue” (1 Coríntios 11.24,25). De forma evidente, ao mencionar a partilha da sua carne, o nosso Senhor refere-se à sua morte na cruz, onde oferece a sua vida em prol dos pecadores que se arrependem e creem no Evangelho, proporcionando-lhes salvação e vida eterna.


SINOPSE III
No dia seguinte ao milagre da Multiplicação, nosso Senhor afirmou ser o verdadeiro alimento espiritual do ser humano.



■ CONCLUSÃO
Nesta lição, com preendem os que Jesus é o Pão da Vida e se ofereceu por nós. Assim, aqueles que se alimentam de sua Palavra satisfazem a sua fome espiritual e recebem a vida eterna. O nosso Senhor é o pão que veio do céu, um alimento inextinguível que nos nutre para sempre. Por conseguinte, não devemos limitar-nos ao alimento material, que tem uma função fisiológica relevante, porém, passageira; aspiremos, portanto, ao alim ento celestial que proporciona vida em abundância eternamente!


REVISANDO O CONTEÚDO


1. Em quais dos Evangelhos se encontra o relato do episódio da multiplicação? 
A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos.

2. O que Jesus notou em relação à multidão?
Jesus percebeu que a multidão o seguia devido aos m ilagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem.

3. Que ensinamento podemos extrair do episódio da multiplicação?
A lição que tiramos deste episódio é que Deus nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele m anifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.

4. Qual foi a mensagem clara que Jesus transmitiu à multidão?
Ao encontrá-la, Jesus transmitiu uma mensagem clara e “ disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (João 6.26).

5. Que alteração é visível nas palavras de Jesus em João 6.51?
Observamos uma mudança nas palavras de Jesus ao passar de “ o pão vivo 
que desceu do céu” para “ o pão que eu der é a minha carne” (João 6.51).


LIÇÃO        1     2    3    4    5    6    7    8    9    10    11    12    13  


  

LIÇÃO 3 - A VERDADEIRA ADORAÇÃO

 2° TRIMESTRE DE 2025  EBD ADULTOS


TEXTO ÁUREO
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade
(João 4.24)

VERDADE PRÁTICA
Adorar significa viver em total rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.



LEITURA DIÁRIA

 Segunda – 2 Coríntios 9.12 • Filipenses 2.7,30 

 ■ A singularidade da Adoração autêntica

 Terça – Números 25.1,2 
• Salmos 24.3,4

 ■ Diferenciando a Adoração das práticas profanas

 Quarta – 2 Reis 17.25,28
 ■ A Adoração está relacionada ao temor de Deus

 Quinta – João 15.1-8
 ■ A Adoração envolve uma relação com Cristo e a Igreja

 Sexta – Hebreus 13.15 
• Romanos 12.1 • 1 Pedro 2.5

 ■ O sentido da Adoração no Novo Testamento

 Sábado – João 4.23,24
 ■ O ensinamento de Jesus sobre a Adoração



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 4.5-7, 9,10, 19-24

5 - Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6 - E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
7 - Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
...
9 - Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
10 - Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
...
19 - Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 - Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21 - Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem e Jerusalém adorareis o Pai.
22 - Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23 - Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 - Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.


Hinos Sugeridos: 525 • 526 • 545 da Harpa Cristã



■ INTRODUÇÃO
O ser humano sente uma necessidade intrínseca de Deus.  Com a leitura da passagem de João 4, essa carência espiritual torna-se evidente. Neste contexto, também se revela a  importância de uma autêntica adoração que surge de uma experiência profunda com Jesus Cristo. Por este motivo, a Adoração Cristã é o tema central desta  lição. A partir do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana,  podemos extrair ensinamentos valiosos sobre a adoração.

Palavra-Chave: Adoração

I – O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1. A necessidade de passar em Samaria. Em João 4.4 é informado que “era-lhe necessário passar por Samaria”.  O Senhor deixava a Judeia em direção à Galileia e, para tal, teria de atravessar por Samaria. Apesar de evitar entrar nessa cidade devido à tensão racial entre judeus e samaritanos, havia uma missão ainda mais urgente: o encontro com a mulher samaritana em Sicar, junto à “ fonte de Jacó” (vv.6,7). Durante essa  conversa, Jesus abordou o assunto sobre o local adequado para adorar a Deus: seria em Samaria ou em Jerusalém? Nesse diálogo, nosso Senhor ensinou duas importantes lições.

2. A necessidade do ser humano. O encontro entre Jesus e a mulher samaritana não foi um simples acaso. Ele encontrava-se sentado à beira da fonte de Jacó, na hora sexta, durante o calor do meio-dia. A mulher samaritana dirigiu-se à fonte para recolher água, momento em que se cruzou com Jesus e ouviu um pedido do amado Mestre: “Dá-me de beber” (v.7). Em resposta ao pedido de Jesus, ela iniciou uma conversa com o divino Mestre, até que Este lhe propôs uma água que se tornará nela uma “ fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v.14). O que nosso Senhor ofereceu à mulher samaritana era “um tipo de água” capaz de transformar toda a sua existência. Aqui encontram os a primeira valiosa lição: toda pessoa necessita de Deus e, por isso, devemos aproveitar cada oportunidade para partilhar essa “ água da vida”.

3. O lugar de adoração a Deus. Dando seguimento à conversa com Jesus, a mulher samaritana questiona-o sobre onde deveria ocorrer a verdadeira adoração, se em Jerusalém ou no Monte Gerizim. Neste diálogo, a samaritana procura entender o local apropriado para adorar a Deus. Em resposta à sua indagação, Nosso Senhor revela uma nova forma de culto. Esta adoração não seria exclusiva dos judeus nem dos samaritanos. Na realidade, o verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv. 23,24). Aqui encontramos uma segunda lição valiosa: o autêntico culto de adoração a Deus, que satisfaz as necessidades humanas, não se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em “espírito e em verdade”.


SINOPSE I
O encontro entre Jesus e a mulher samaritana demonstra que a verdadeira adoração satisfaz a necessidade humana de adorar.



II – O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A adoração. Ao afirmar que ofereceria a “água viva” aos que têm sede, Jesus referia-se a uma vivência espiritual que se daria no interior de cada indivíduo: “a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4.14).  Assim, à luz das suas palavras neste capítulo, a verdadeira adoração a Deus não está mais ligada a um local específico, como Jerusalém ou Samaria. A presença de Deus já não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em todos os lugares onde existam adoradores sinceros. Mais do que uma adoração formal e ritualística, a autêntica adoração possui essencialmente um caráter espiritual: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4.24).

2. Jesus e a verdadeira adoração. Ao questionar Jesus sobre o local da adoração (João 4.20,21), a mulher samaritana teve uma revelação que lhe permitiu entender os ensinamentos de Jesus sobre a verdadeira adoração. O Senhor Jesus é, por si só, a base para essa adoração genuína (João 4.21). É pertinente ilustrar esta verdade ao lembrarmos do Calvário e do sepulcro vazio, onde, após sua morte, a obra realizada se tornou a razão fundamental para a adoração de todos os cristãos. Embora os locais físicos do Calvário e do sepulcro vazio possam não ter grande significado por si mesmos, a lembrança da obra realizada nesses lugares ultrapassa qualquer noção geográfica. O impacto dessa obra abrange todos, não importando o lugar de onde se encontrem. Sempre que participamos da Ceia do Senhor, essa memória permanece viva em nós, independentemente da nossa localização (1 Coríntios 11.23-25; 15.3,4).


SINOPSE II
A base da verdadeira adoração cristã reside na narrativa do Calvário: o sacrifício substitutivo de Jesus.



III – A ADORAÇÃO BÍBLICA
1. O conceito bíblico de adoração. Na língua hebraica, existe uma expressão chamada hishtaha wa, que transmite a ideia de “manifestar um temor reverente, admiração e respeito característicos  da adoração”. Já na língua grega, duas palavras são utilizadas para definir a adoração: latreia e proskuneo. A palavra latreia refere-se à submissão de quem serve outrem. Por sua vez, proskuneo significa “adorar” ou o “ato de adoração”. No diálogo com a mulher samaritana, Jesus utilizou o termo proskuneo (João 4.20-24). Em Português, a palavra “adoração” implica “atribuir mérito ou valor” a alguém. Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.

2. Adoração como ato de rendição a Deus. O conceito fundamental da palavra “adorar” (proskuneo) no Novo Testamento remete originalmente à noção de “beijar”, associado a um ato de se  dobrar os joelhos ou prostrar-se com a testa no solo, ou sobre os pés da pessoa a quem se está submisso. O episódio da mulher pecadora ilustra bem esse significado (Lucas 7-37,38) e nos ensina a reconhecer a própria inferioridade e, e também, a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.

3. Adoração como ato de serviço a Deus. O serviço a Deus está profundamente associado à adoração. Esse é um ato espontâneo que demonstra o nosso reconhecimento da soberania de Deus sobre tudo. Assim, o serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir  os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Romanos 12.1), de tal forma que não podemos servir a dois senhores, mas somente a um (Mateus 6.24). Trata-se de uma entrega completa a Deus através da nossa existência.

4. Uma experiência interior de adoração. Sentimos uma necessidade profunda de adorar a Deus, conforme é lembrado no Salmo 42: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de 
Deus?” (Salmos 42.2). A gloriosa presença do Deus Todo-Poderoso satisfaz todas as carências da pessoa. Assim, a verdadeira adoração envolve uma postura interior que permite ao crente estabelecer um vínculo profundo com Jesus Cristo, reconhecendo-o como Senhor e Salvador das nossas vidas.


SINOPSE III
O ato de adoração ao Senhor envolve a rendição completa de nossa vontade, pensamentos e ações a Ele, manifestando-se em um serviço voluntário.



■ CONCLUSÃO
Neste estudo, focamos nos ensinamentos práticos de Jesus acerca da adoração e, por consequência, discutimos a doutrina da Adoração Cristã. O capítulo 4 do Evangelho de João revela duas lições valiosas. A primeira é que todo ser humano possui uma necessidade a satisfazer: a necessidade de Deus. A segunda é que, em Jesus, a verdadeira adoração surge como um movimento que se inicia no interior. Tudo isso resulta de uma experiência viva com Jesus Cristo.


REVISANDO O CONTEÚDO


1. Quais são as duas principais lições que Jesus nos ensinou durante a sua conversa com a mulher samaritana?
Toda pessoa necessita de Deus; o autêntico culto de adoração a Deus não se limita a um lugar específico.

2. O que constitui o verdadeiro culto de adoração a Deus que atende às necessidades humanas?
O verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “ Pai em espírito e em verdade” (w.23,24).

3. Quais são os elementos essenciais da verdadeira adoração?
Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.

4. Em resumo, o que implica adorar a Deus?
Implica reconhecer a própria inferioridade e a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.

5. De que forma podemos definir a adoração como um ato de serviço dedicado a Deus?
O serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Romanos 12.1).


LIÇÃO        1     2    3    4    5    6    7    8    9    10    11    12    13  


 

terça-feira, 8 de abril de 2025

LIÇÃO 2 - O NOVO NASCIMENTO

  

 2° TRIMESTRE DE 2025  EBD ADULTOS


TEXTO ÁUREO
“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
(João 3.3)

VERDADE PRÁTICA
O Novo Nascimento é o modo bíblico de transformação radical da natureza do pecador.

LEITURA DIÁRIA

 Segunda – Efésios 2.8
 ■ O novo nascimento como dom de Deus

 Terça – 1 João 3.9
 ■ Aquele que nasceu de novo não vive em prática pecaminosa

 Quarta – 1 João 4.7
 ■ Quem nasceu de novo demonstra amor pelo próximo

 Quinta – 1 João 5.1
 ■  A pessoa que nasceu de novo crê que Jesus é o Cristo

 Sexta – 1 João 5.4
 ■ Aqueles que nasceram de novo vencem o mundo

 Sábado – Gálatas 5.22
 ■ Quem nasceu de novo revela o Fruto do Espírito

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3.1-9,16

1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 - Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 - Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 
7 - Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
...
16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Hinos Sugeridos: 73 • 277 • 447 da Harpa Cristã

■ INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos uma das mais significativas obras do Espírito Santo: a Regeneração. Com base no diálogo entre Jesus e Nicodemos, analisaremos a realidade do Novo Nascimento, percebendo a Regeneração como uma ação única de Deus por meio do Espírito. Adicionalmente, destacaremos a importância dessa extraordinária obra na vida do pecador e os meios que Deus disponibiliza para que possamos vivenciar a experiência da Regeneração. 

Palavra-Chave: Regeneração

I –  JESUS E NICODEMOS
1. Quem era Nicodemos? O contexto de João 3 revela que Jesus já era uma figura conhecida em Jerusalém. Devido ao milagre que realizou, ao transformar água em vinho, a sua fama espalhou-se entre o povo, especialmente entre os líderes religiosos do Templo de Jerusalém (João 2.2-25). Foi nesse cenário que Jesus despertou o interesse de um mestre israelita chamado Nicodemos (João 3.1), um sábio judeu de grande prestígio tanto entre o povo como entre os seus colegas fariseus. Assim, Nicodemos procurou Jesus durante a noite para questioná-lo sobre seus ensinamentos (João 3.2).

2. O reconhecimento de Nicodemos sobre Jesus como Mestre. O versículo 2 indica que Nicodemos percebeu a autoridade que o Pai concedeu a Jesus, chamando-o de “rabi” (João 3.2). Neste contexto, nota-se que não existia hostilidade nas palavras de Nicodemos para com Jesus, mas sim um genuíno interesse em compreender o “ensino novo” apresentado pelo nosso Senhor. Este interesse também decorre do reconhecimento de Nicodemos em relação aos milagres realizados por Jesus, que demonstram que nosso Senhor era mais do que um simples mestre; era um enviado de Deus.

3. O diálogo entre Jesus e Nicodemos. A partir do versículo 3, a afirmação de Jesus sobre o conceito de “nascer de novo” e “nascer da água e do Espírito” para poder ver o Reino de Deus deixou Nicodemos perplexo (João 3.3,5,6). As palavras “água” e “Espírito” aparecem frequentemente ao longo do Evangelho de João, transmitindo a ideia de elementos fundamentais para a nossa admissão no Reino Celestial. Desta forma, a referência à “água” e ao “Espírito” recorda-nos a mensagem de João Batista sobre o arrependimento dos pecados e uma nova forma de viver (João 3.31; cf. Mateus 3.10-12).

SINOPSE I
A conversa entre Jesus e Nicodemos demonstra a procura genuína pela verdade de um líder judaico.

II – O NOVO NASCIMENTO: A OBRA DE REGENERAÇÃO
1. O Novo Nascimento. A palavra “regeneração” tem origem no termo grego palingenesia, que significa literalmente “voltar a ser gerado novamente”. Assim, a Regeneração é um conceito utilizado na Teologia, especialmente na Soteriologia (Doutrina da Salvação), para descrever o ato divino de transformação interior do pecador. A expressão “Novo Nascimento” está vinculada à doutrina bíblica da Regeneração, referindo-se a uma mudança realizada pela graça, quando o pecador, que possui uma natureza carnal, corrompida e caída em pecado, passa a ter uma nova natureza, agora purificada e espiritualmente restaurada (Tiago 1.18,21). Jesus abordou este tema quando falou a Nicodemos: “aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3.3).

2. A Regeneração como obra exclusiva de Deus. A Regeneração é um ato que Deus realiza na vida do pecador,
levando-o a uma mudança radical do seu coração e provocando uma transformação profunda da sua vida interior. Este processo acontece quando o pecador reconhece os seus erros e a necessidade de um Salvador. Neste contexto, Deus efetua essa obra regeneradora através do Espírito Santo, que concede nova vida ao pecador. Por esta razão, a regeneração é uma ação puramente divina. Na Epístola de Tiago, encontramos a seguinte afirmação: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto”; “segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tiago 1.17,18).

3. A necessidade da Regeneração do pecador. A Bíblia ensina que o ser humano é pecador. Em uma de suas cartas, o apóstolo Paulo destaca a pecaminosidade do ser humano em razão da queda dos nossos primeiros pais: “todos pecaram” (Romanos 5.12). Assim, surge a necessidade de cada indivíduo passar pela experiência da Regeneração (Romanos 5.19). Esta magnífica obra foi confirmada pelo Senhor Jesus durante sua morte sacrificial (Filipenses 2.8). Na Cruz, Ele conquistou a oportunidade de vivermos uma nova vida (1 Pedro 3.18). Portanto, devido à nossa natureza pecaminosa e ao que Jesus realizou na Cruz, a ação regeneradora do Espírito Santo é essencial para todos os seres humanos. 

Neste contexto, Deus efetua essa obra regeneradora através do Espírito Santo, que concede nova vida ao pecador. Por esta razão, a regeneração é uma ação puramente divina.”

SINOPSE II
O ser humano é, por natureza, um pecador. Por isso, a obra de regeneração é uma ação exclusiva de Deus.

III – OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA
l. A operação do Espírito Santo. O conceito de “nascer da água” refere-se, de forma metafórica, à ação purificadora do Espírito. Embora muitos interpretem a “água” no Evangelho de João como uma alusão ao batismo cristão, a regeneração que se produz não é algo físico ou material, mas sim uma transformação interior que apenas o Espírito Santo pode realizar. Nesse sentido, o “nascer da água” simboliza a obra purificadora do Espírito, referindo-se àqueles que são “nascidos do Espírito” (João 3.5,8). De certa forma, o modo como se manifesta a Regeneração na vida do salvo possui um caráter misterioso. No entanto, é inegável que aqueles que vivenciam essa experiência recebem, mediante a ação do Espírito, uma nova vida em Cristo e a “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tito 3.5).

2. A Palavra de Deus. A Palavra de Deus tem poder regenerador na vida do pecador, conforme podemos ler na Epístola do apóstolo Pedro: “sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1 Pedro 1.23). Semelhante, em Tiago lemos que pela sua vontade, Deus nos “gerou pela palavra da verdade” (Tiago 1.18). Portanto, o Novo Testamento apresenta com clareza o caráter regenerador da Palavra de Deus. Por isso ela é tão poderosa, viva e eficaz, pois alcança o lugar mais profundo do pecador que mensagem humana alguma tem poder de alcançar (Hebreus 4.12). Ela é a semente de que o Espírito Santo se serve para gerar uma “nova criatura”.

3. A Vontade soberana de Deus. A Palavra de Deus ensina que é intenção divina que todos os seres humanos alcancem a salvação e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2.3,4). O plano de salvação de Deus revela a sua vontade perfeita, desejando que ninguém seja condenado eternamente, como é mencionado na Epístola de Pedro (2 Pedro 3.9). No entanto, segundo a sua vontade permissiva, as pessoas têm a liberdade de fazer escolhas, decidindo se buscam ou não o perdão divino e, por consequência, a vida eterna (Lucas 7.30Atos 7.51). Logo, o ser humano não pode escapar da sua tomada de decisão.

O conceito de ‘nascer da água’ refere-se, de forma metafórica, à ação purificadora do Espírito. [...] A regeneração que se produz não é algo físico ou material, mas uma transformação interior que apenas o Espírito Santo pode realizar.

SINOPSE III
A ação do Espírito, a Palavra de Deus e a vontade soberana divina são os instrumentos através dos quais Deus atua na regeneração do pecador.

■ CONCLUSÃO
A obra de Regeneração do Espírito Santo possibilita ao pecador a participação na natureza divina (Gálatas 4.7). Este recebe pleno acesso ao Reino de Deus, bem como a sua filiação divina “aos que creem no seu nome” (João 1.12). Dessa forma, assim que o pecador se arrepende e aceita o Evangelho, o Espírito Santo começa a residir nele e realiza a obra de Regeneração, capacitando-o para enfrentar a sua velha natureza e garantindo que ele alcance a vitória total em Cristo Jesus.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quem era Nicodemos?
Um sábio judeu de grande prestígio tanto entre o povo quanto entre os seus colegas fariseus.

2. Que afirmação de Jesus deixou Nicodemos perplexo?
A afirmação de Jesus sobre o conceito de “nascer de novo” e “nascer da água e do Espírito” para poder ver o Reino de Deus deixou Nicodemos perplexo (João 3.3,5,6).

3. O que se entende por Regeneração?
A Regeneração é um conceito utilizado na Teologia, especialmente na Sote- riologia (Doutrina da Salvação), para descrever o ato divino de transformação interior do pecador.

4. Por qual razão todos os seres humanos necessitam de Regeneração? 
Devido à nossa natureza pecaminosa e ao que Jesus realizou na Cruz, a ação regeneradora do Espírito Santo é essencial para todos os seres humanos.

5. Qual é o significado da expressão “nascer da água”?
O conceito de “nascer da água” refere-se, de forma metafórica, à ação pu- rificadora do Espírito.


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terça-feira, 18 de março de 2025

LIÇÃO 1 - O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

  

 2° TRIMESTRE DE 2025  EBD ADULTOS



TEXTO ÁUREO
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
(João 1.14
)

VERDADE PRÁTICA
O Verbo de Deus inseriu-se na história, assumindo a forma de homem para redimir os pecadores.

LEITURA DIÁRIA

 Segunda – Gênesis 3.15
 ■ O Verbo como a semente da mulher

 Terça – Filipenses 2.5
 ■ Adorando o mesmo sentimento do Verbo divino

 Quarta – Filipenses 2.6
 ■ O Verbo existe gloriosamente em forma de Deus

 Quinta – Filipenses 2.7
 ■  O Verbo eterno tornou a forma humana e temporal

 Sexta – Isaías 7.14
 ■ O Verbo é o nosso "Emanuel: Deus Conosco"

 Sábado – Filipenses 2.8
 ■ O Verbo tornou-se semelhante aos homens

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-14

1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens.
5 - Ea luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 - Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 - Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,
13 - Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Hinos Sugeridos: 25 • 124 • 481 da Harpa Cristã

■ INTRODUÇÃO
Neste trimestre, vamos estudar o Evangelho de João. Em comparação com os outros três Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), o de João destaca-se especialmente por centrar-se no ministério de Jesus em Jerusalém.
O autor deste Evangelho, o apóstolo João, redigiu este valioso documento com a intenção de revelar a singularidade da natureza divina do nosso Senhor e, ao mesmo tempo, encorajar a fé dos seus discípulos. Que possamos também ser fortalecidos e inspirados na nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Palavra-Chave: Encarnação

I –  O EVANGELHO DE JOÃO
1. Autoria e data. O apóstolo João é o autor do Evangelho que leva o seu nome. A confirmação da sua autoria encontra-se no próprio texto (João 21.20,24) e também nos escritos dos denominados Pais da Igreja.
Admite-se que tenha sido escrito entre os anos 80 e 90 d.C. De acordo com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus Cristo. Assim, as expressões “Verbo Divino” e “a Palavra que se fez Carne” são de grande importância neste quarto Evangelho.

2. O propósito do Evangelho. O Evangelho de João tem como um de seus propósitos levar o leitor a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, ao crer, encontrar a vida em seu nome (João 2031). Não é por acaso que os especialistas referem-se à primeira parte do primeiro capítulo como “o prólogo de João”, ou seja, a “apresentação” desse Evangelho (João 1.1-14). Neste trecho, o apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história (João 1.1). Assim sendo, o Logos é a “Palavra Encarnada”.

3. A Natureza de Jesus. Apesar de o Evangelho de João sublinhar de forma clara a dimensão divina de Jesus, o apóstolo também aborda a sua natureza humana (João 8.39,40; 9.11). Neste sentido, o Evangelho não só realça a divindade de Jesus como Filho de Deus, mas também discute a sua humanidade por meio da morte expiatória do nosso Senhor em favor dos pecados da humanidade. Em João, tanto a divindade quanto a humanidade de Jesus são afirmadas.

SINOPSE I
O Evangelho de João foi redigido com o propósito de nos fazer crer que Jesus é o Verbo Divino e, por consequência, termos vida nEle.

II – JESUS, O VERBO DE DEUS
1. A revelação que ultrapassa o passado. Quando o apóstolo João redigiu a introdução do primeiro capítulo do seu Evangelho, “no princípio era o Verbo” (v.1), é provável que tenha como referência Gênesis 1.1. Esse primeiro versículo do Evangelho mostra que o Verbo é Deus “no princípio”, possuindo assim uma existência infinita, ou seja, não tem começo nem fim. Assim, muito além do passado, desde o princípio, o Verbo já existia com Deus, estava com Deus e é Deus (João 1.1).

2. A natureza fundamental do Verbo. Tal como Deus é eterno, também o Verbo o é. Mais adiante, em Apocalipse, o apóstolo João descreve o Verbo como “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 1.8). Assim, conforme seu Evangelho, o evangelista apresenta Jesus como o “Logos de Deus”, a Palavra Encarnada que habita entre os homens. Portanto, enquanto “Verbo encarnado”, Jesus é reconhecido por muitos e adorado como Deus.

3. “No princípio era o Verbo” (João 1.1). Conforme já referimos, no grego do Novo Testamento, a palavra que se traduz por “verbo” é logos e significa “palavra”. O conceito de Logos traz consigo a noção de expressão tanto da razão quanto da linguagem. Nesse sentido a forma mais adequada de compreender este termo relaciona-se com as maneiras pelas quais Deus se manifesta ao ser humano. Assim, o conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa a expressão da divindade, a Revelação de Deus. 

O conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa a expressão da divindade, a Revelação de Deus.

SINOPSE II
O Evangelho de João retrata Jesus como o Verbo Divino que se fez presente na história.

III – A ENCARNAÇÃO DO VERBO
1. A manifestação do Verbo e a Luz do mundo. João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua Palavra (João 1.2,3). A seguir, ele faz uma distinção entre luz e trevas (João 1.4,5). As “trevas” simbolizam a obscuridade espiritual provocada pelo pecado. No entanto, Deus enviou João Batista para testemunhar e proclamar sobre a Luz (João 1.6-8). A verdadeira Luz é Cristo, que foi anunciado por João Batista, mas que os homens decidiram rejeitar (1.9-12).

A frase 'o Verbo se fez carne' sugere a humanização de Deus, que passou a viver entre os homens.

2. O privilégio de nos tornarmos filhos de Deus. Enquanto Israel rejeitou a bênção da salvação através da obra do Calvário, Deus ofereceu a todas as pessoas, independentemente da sua raça, etnia ou língua, a oportunidade de se tornarem “filhos de Deus” pela fé no nome de Jesus (João 1.12,13). Tanto aos judeus quanto aos gentios, a Luz manifestou-se para revelar o plano divino de redenção a toda a humanidade. Assim, aos gentios foi assegurada uma herança de filiação divina através do amor do Pai (1 João 3.1). Portanto, como crentes em Cristo, temos o privilégio de sermos chamados “filhos de Deus”.

3. A manifestação e a habitação do Verbo. A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a viver entre os homens. O termo “verbo” possui uma conotação muito mais rica e profunda do que qualquer conceito filosófico: Deus entrou na história (João 1.14-18). É importante notar a expressão “e habitou entre nós”. No texto grego, essa expressão indica que “o Verbo armou seu tabernáculo, ou tenda, entre nós”. Antes, Deus habitava numa tenda montada pelo seu povo; agora, de acordo com as palavras do evangelista, Ele reside entre nós, representando a manifestação plena da presença divina no mundo.

SINOPSE III
Por meio da manifestação do Verbo de Deus, a Luz do Mundo, temos a bênção de sermos considerados filhos de Deus.

■ CONCLUSÃO
Nesta lição, tivemos a oportunidade de iniciar o estudo no Evangelho de João, mostrar a sua relevância e o seu objetivo na vida da Igreja. Observamos que a revelação sensível de Deus e a sua intervenção na história tornam o Evangelho de João uma obra única do Novo Testamento. Em João, entendemos que a Encarnação do Verbo trouxe luz plena àqueles que cressem. Assim, através da fé em Jesus, somos denominados e feitos “filhos de Deus”.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual é a doutrina que o Evangelho de João explora?
De acordo com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus Cristo.

2. De que forma o apóstolo João retrata Jesus no seu Evangelho?
O apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história (João 1.1).

3. Conforme a lição, qual é a maneira mais apropriada de interpretar a palavra logos?
O conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa a expressão da divindade, a Revelação de Deus.

4. De que modo 0 apóstolo João destaca Jesus Cristo?
João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua Palavra (João 1.2,3).

5. Que significado carrega a expressão “o Verbo se fez carne”?
A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a viver entre os homens, ou seja, Deus entrou na história.


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