Este Blog tem por objetivo explorar temas relacionados à Educação Cristã e ao Ensino Bíblico. Acredito que o conhecimento das Escrituras é essencial para o crescimento espiritual e a formação de discípulos comprometidos. Neste espaço, compartilho insights, reflexões e recursos para enriquecer sua jornada de fé.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

LIÇÃO 9 - VONTADE — O QUE MOVE O SER HUMANO

 4° TRIMESTRE DE 2025  EBD ADULTOS


TEXTO ÁUREO
Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a
(Gálatas 5.16) 

VERDADE PRÁTICA
Guiada por Deus, a vontade é uma bênção extraordinária, vital para a existência humana.


LEITURA DIÁRIA

 Segunda – 1 Coríntios 7.37-39 
 
■ Poder sobre a própria vontade


 Terça – João 6.38-40
 ■
Jesus cumpriu inteiramente a vontade do Pai


 Quarta – Provérbios 31.10-13

 ■ A mulher virtuosa trabalha de boa vontade


 Quinta – Efésios 6.5-9
 ■
Trabalhando de boa vontade


 Sexta –  1 João 2.15-17
 ■
Renunciando à própria vontade


 Sábado – Filipenses 2.12,13
 ■
Deus implanta bons desejos em nós



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gálatas 5.16-21 • Tiago 1.14,15 • 4.13-17

Gálatas 5

16 — Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 — Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.
18 — Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 — Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,
20 — idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissen- sões, heresias,
21 — invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Tiago 1

14 — Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15 — Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.

Tiago 4

13 — Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14 — Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
15 — Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16 — Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
17 — Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.


Hinos Sugeridos: 73 • 360 • 568 da Harpa Cristã



■  INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores estudamos sobre duas das principais faculdades da alma: o intelecto e a sensibilidade. Vimos a relação entre o que pensamos e sentimos e como pensamentos e sentimentos podem influenciar a vontade e as decisões. Pensar, sentir, desejar e agir costumam compor um mesmo fenômeno na experiência humana. É fundamental compreender como isso funciona à luz da Palavra de Deus. Nesta lição estudaremos mais especificamente a respeito da vontade.

Palavra-Chave: Vontade

I – VONTADE: MOTIVAÇÃO E AÇÃO
1. Conceito de vontade. Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer, almejar, escolher e agir. Pode ser entendida também como motivação. Sem desejo ou vontade não há motivação e, via de consequência, ação. Nesse conceito amplo, há manifestação da vontade mesmo quando o que fazemos não era originariamente nossa vontade, mas de outrem, se a ela aderimos voluntariamente (Salmos 143.10 • Lucas 22.42). A conversão é um exemplo de mudança na vontade humana por meio do arrependimento (Atos 3.19). Todo verdadeiro cristão é alguém que, impulsionado pela graça de Deus, renunciou sua própria vontade para fazer a vontade de Cristo (Mateus 16.24). É o livre-arbítrio funcionando (Hebreus 2.3; 37-13 • Apocalipse 22.17).

2. Do pensamento à ação. Um pensamento pode ser apenas um pensamento, sem relação alguma com um sentimento ou um desejo. Por exemplo: podemos pensar em uma viagem que fizemos sem que isso nos traga qualquer emoção. Mas também podemos recordar com nostalgia e desejar viajar novamente. E esse desejo pode nos motivar a comprar a passagem e repetir a experiência. Em um caso assim ocorre um fenômeno completo: pensamento, sentimento, desejo e ação. Aconteceu com Eva no Éden. Em sua conversa com a serpente, a mulher refletiu sobre o significado do fruto da árvore da ciência do bem e do mal até ser enganada (1 Timóteo 2.14). Ao acreditar na falsa elevação que obteria (“sereis como Deus”, Gênesis 3.5) certamente sentiu alguma emoção. O próximo passo foi a manifestação do desejo, que gerou a ação: tomou do fruto e comeu (Gênesis 3.6).

3. Fraqueza de vontade. Adão pecou sem ser enganado. Isso significa que seu entendimento da proibição e consequências relativas ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal não foi alterado. O problema de Adão se deu na esfera da vontade. Em vez de permanecer firme em seu propósito de obedecer a Deus, decidiu pecar aderindo à vontade de Eva, que lhe deu o fruto (Gênesis 3.6  Romanos 5.12). Quantas decisões erradas tomamos plenamente conscientes de suas consequências! Da violação de uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala mais alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da cultura hedonista. Vícios e compulsões arrastam multidões, mesmo que elas conheçam seus destrutivos efeitos. Assim, só Jesus pode libertar o ser humano de prisões espirituais (João 8.36 • Romanos 1.16).


SINOPSE I
A vontade é a capacidade humana de desejar e agir, sendo influenciada por pensamentos, sentimentos e decisões espirituais.


II – DESEJOS: DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO
1. A experiência do deserto. O povo de Israel tornou-se escravo dos seus desejos durante a peregrinação pelo deserto: “deixaram-se levar da cobiça, no deserto, e tentaram a Deus na solidão. E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a alma” (Salmos 106.14,15). Apesar das grandes maravilhas operadas por Deus, os hebreus, tomados de ingratidão, lembravam-se das comidas do Egito e se deixavam dominar por seus desejos (Números 11.5,6). Pensavam, sentiam e desejavam o que lhes era servido na casa da escravidão, de onde haviam sido libertos com mão forte (Êxodo 20.2 • Deuteronômio 26.8). O culto aos desejos lhes trouxe terríveis consequências: perecimento e morte (Salmos 78.29-33 • Números 11.33-34; 14-29). Como nos adverte Paulo, tudo isso foi escrito para aviso nosso. Não nos deixemos levar por nossos próprios desejos (1 Coríntios 10.1-13).

2. Os desejos na era cristã. O drama dos desejos continua na era cristã, com uma diferença fundamental: Cristo venceu o pecado e nos dá poder para também vencê-lo (Romanos 6.3-6,11-14). Contudo, enquanto estivermos neste corpo mortal enfrentaremos um conflito espiritual constante. Todo o cristão precisa decidir diariamente entre sua vontade carnal e a vontade do Espírito: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis” (Gálatas 5.17). A carne (sarx, natureza pecaminosa) tem seus próprios desejos, que são contrários ao Espírito. Vê-se, então, em nosso interior, uma luta travada. Cabe-nos decidir entre satisfazer os desejos da carne, que são pecaminosos, ou atender a voz do Espírito e viver segundo sua direção (Gálatas 5.18).

3. A decisão do homem redimido. A obra da salvação realizada por Cristo nos liberta do poder do pecado. Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem redimido inclina-se “para as coisas do Espírito” (Romanos 8.5). Isso é resultado de sua nova natureza (Efésios 4.24  2 Coríntios 5.17). Significa que não podemos nos conformar com os desejos do velho homem, mas, pelo poder do Espírito, nos dedicar ao processo de mortificação de nossa carne, a velha natureza (Romanos 8.11-13 • Colossenses 3.5). Nossos desejos pecaminosos não deixam de existir, mas em Cristo triunfamos sobre eles; vivendo, andando e frutificando no Espírito (Gálatas 5.22-25 • l João 3.6).


SINOPSE II
Os desejos podem escravizar o ser humano, mas em Cristo há poder para vencê-los e viver segundo o Espírito.


III – O ENSINO SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO
l. Atração e engano. Tiago 1.14,15 trata dos desejos carnais e suas consequências. Empregando o conhecido termo “concupiscência” (epithumia) com o sentido de “maus desejos”, o apóstolo refere-se ao processo de tentação e pecado: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado por sua própria concupiscência” (Tiago 1.14). A faculdade da vontade é retratada neste texto como um elemento de comunicação interna que tem a capacidade de atrair e enganar. Assim sendo, o mau desejo é capaz de afetar a própria razão, levando-a a acreditar que o pecado não produz consequências ruins, mas boas. Nesse processo, a mente é entorpecida depois do desejo ter sido aguçado.

2. Abortando o processo. Na lição 7 estudamos sobre a importância de interromper maus pensamentos para evitar a prática de pecados. Pelo texto de Tiago observamos que é preciso, também, abortar os maus desejos. Aliás, eles são ainda mais perigosos, pois podem influenciar diretamente nossas decisões. Quando encontra seu objeto ou alvo o desejo se torna intenso. Se não for rejeitado, não descansa até convencer, derrubando as barreiras da consciência: “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1.15). Que o Senhor nos livre de toda a tentação (Mateus 6.13). Não nos esqueçamos, contudo, de fazer a nossa parte: viver em constante vigilância e oração (Mateus 26.41).


SINOPSE III
Tiago revela como os maus desejos geram o pecado, alertando sobre a necessidade de vigilância e domínio espiritual.


 CONCLUSÃO
Apesar de nossa tendência pecaminosa, não podemos encarar os desejos apenas de forma negativa. A vontade humana é uma faculdade essencial para a nossa existência. Quando guiada por Deus é uma grande bênção, responsável por nos mover para pequenas e grandes realizações. Como é bom amanhecer motivado todos os dias! O ânimo e o entusiasmo fazem parte de uma vontade sadia e ativa. São dados por Deus e servem para nos impulsionar para as tarefas cotidianas, independentemente da fase da vida (Salmos 92.12-14  Joel 2.28  Tiago 4.15).


REVISANDO O CONTEÚDO


1. Qual o conceito de vontade?
Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer, almejar, escolher e agir. Pode ser entendida também como motivação.

2. Como se dá um fenômeno completo, envolvendo vontade e ação?
Em um caso assim ocorre um fenômeno completo: pensamento, sentimento, desejo e ação.

3. Como se dá o conflito entre vontade e razão?
Da violação de uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala mais alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da cultura hedonista.

4. Como deve agir o homem redimido diante dos desejos da carne?
Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem redimido inclina-se “para as coisas do Espírito” (Romanos 8.5).

5. Como os desejos atuam para nos enganar?
Assim sendo, o mau desejo é capaz de afetar a própria razão, levando-a a acreditar que o pecado não produz consequências ruins, mas boas.


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