▶ 4° TRIMESTRE DE 2025 ▶ EBD ADULTOS

TEXTO ÁUREO
“E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.”
(Atos 24.16)
(Atos 24.16)
VERDADE PRÁTICA
Diante da crescente degradação do padrão moral do mundo, o cristão deve apegar-se cada vez mais à sã doutrina para ter sempre uma boa consciência.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Timóteo 1.5,19 • 3.9
■ Fé e consciência pura devem caminhar juntas
Terça – 1 Coríntios 8.10-13
■ Devemos nos preocupar com a consciência dos outros
Quarta – Romanos 13.1-7
■ A consciência regula nossa conduta perante o Estado
Quinta – Hebreus 10.19-23
■ Peso de consciência compromete a oração
Sexta – Hebreus 9.13,14
■ O sangue de Jesus purifica nossas consciências
Sábado – Salmos 139.23,24 • 19.12,13
■ Deus sonda o nosso interior e os desígnios de nosso coração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 2.12-16
Romanos 2
12 — Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados.
13 — Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
14 — Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei,
15 — os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os,
16 — no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.
Hinos Sugeridos: 126 • 388 • 519 da Harpa Cristã
Hinos Sugeridos: 126 • 388 • 519 da Harpa Cristã
■ INTRODUÇÃO
Deus fez o ser humano com um senso moral chamado consciência, que acusa, defende e julga. Funciona segundo a lei moral (comum a todas as pessoas), as Escrituras Sagradas e outras fontes normativas, como a família, a Igreja e o Estado.
A consciência escrutina e emite juízo sobre todo o comportamento humano.
Palavra-Chave: Consciência
I – ANTES E DEPOIS DA QUEDA
1. A primeira manifestação. Do grego syneidesis (“saber com”), a consciência é uma faculdade inata, ou seja, todos nascem com ela. É como um sensor instalado na alma humana. (Alguns teólogos consideram que seja no espírito. Não há consenso sobre isso). É uma capacidade dada por Deus para o homem discernir entre o certo e o errado, e, assim, orientar-se em suas decisões. Gênesis 2.16,17 e 3.6-10 tratam da primeira manifestação da consciência na experiência humana. Deus estabeleceu uma lei específica — a proibição de comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal — com o anúncio da penalidade: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.17). O homem transgrediu e experimentou o funcionamento acusativo da consciência: culpa, vergonha e medo.
2. O direito natural. Todo o ser humano nasce com um conteúdo normativo fundamental na alma, que é a lei moral, também chamada de lei da natureza ou direito natural. No Gênesis isso é visto pela primeira vez em Caim, que feriu o direito natural tirando a vida do próprio irmão (Gênesis 4.8) e experimentou uma trágica consequência. Sua consciência o afligiu com pesada culpa, dada a gravidade do seu pecado: “É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. [...] da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra [...]” (4.13,14). Quando a consciência acusa, não adianta tentar se esconder (Salmos 139-7,8 • Jonas 1.3-12).
3. Escrita no coração. Em Romanos 2.12-16 Paulo faz referência à lei mosaica, dada a Israel, e à lei moral, o direito natural, comum a todos os homens, inclusive aos gentios, “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração” (2.15). Em princípio, é com base nessa lei geral que a consciência atua, “quer acusando-os, quer defendendo-os” (v.15). O que ocorreu em relação aos hebreus foi a positivação do direito natural: a escrita, em pedras, dos preceitos comuns a todos os homens, como a proibição de matar (Êxodo 20.13). Além disso, houve ampla regulação da vida civil (direito de propriedade e direito de família, por exemplo: Êxodo 22 • Deuteronômio 24) e o estabelecimento de leis cerimoniais (Levítico 1—7). Antes da codificação do direito natural pela lei mosaica, outras sociedades antigas tinham seus regramentos. Os principais eram os códigos mesopotâmicos de Ur-Nammu (2070 a.C.), Lipit-Ishtar (1850 a.C.) e Hamurabi (1792-1750 a.C.), o mais conhecido deles. O que há de bom nas imperfeitas leis humanas é inspirado na lei moral escrita no coração de todos os povos.
SINOPSE I
A consciência foi dada por Deus como senso moral inato, mas sofreu distorções após a Queda.
A consciência foi dada por Deus como senso moral inato, mas sofreu distorções após a Queda.
II – O FUNCIONAMENTO DA CONSCIÊNCIA
l. Acusação, defesa e julgamento. A consciência funciona como um órgão de acusação ou defesa, mas também exerce função judicante (Salmos 51.3). Gênesis 3.7 diz que tão logo Adão e Eva pecaram “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus”. O verbo “conhecer”, yada, traduz o apontamento negativo feito pela consciência, reprovando a conduta do primeiro casal. Antes do pecado, conheciam somente o bem, e viviam em plena alegria e paz (Gênesis 2.25). Ao pecarem, a consciência ecoou na alma, como uma voz secreta e incômoda (Gênesis 3.7-10). Às vezes essa experiência é de dor no coração, como aconteceu com Davi após contar o povo (2 Samuel 24.10). Uma consciência pesada produz males ao espírito, à alma e ao corpo (Salmos 31-9,10 • 32.1-5 • 38.1-8).
2. Vãs justificativas. A expressão “foram abertos os olhos” (Gênesis 3.7) também significa experimentação imediata da malícia, antes inexistente em Adão e Eva. Ao ouvirem a voz do Criador se esconderam com medo. Deus dirigiu uma pergunta retórica a Adão: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” (Gênesis 3.11). Não houve uma resposta direta. Impossibilitado de negar seu pecado, Adão fez o que se tornaria comum ao ser humano: tentou se justificar, certamente buscando aplacar a consciência: “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” (Gênesis 3.12). Eva seguiu o mesmo caminho, culpando a serpente (Gênesis 3.13). Tentativas como estas são meros placebos. A consciência é implacável e não cede a vãs formulações humanas, ainda que teológicas, como as inclusivas (Romanos 1.18-27 • 2 Timóteo 4.3). A confissão e o afastamento do pecado são o remédio para a alma (Salmos 41.4 • Provérbios 28.13 • Tiago 5-16).
3. O debate no tribunal. A consciência é como um tribunal que julga condutas, aprovando-as ou reprovando-as. Atua em relação ao presente (Atos 23.1), passado (1 Coríntios 4.4 • 2 Samuel 24.10) e futuro (1 Samuel 24.6 • Atos 24.16). Funciona interagindo com as demais faculdades da alma, principalmente os pensamentos e os sentimentos (Romanos 2.15 • 9.1 • 1 Coríntios 8.12). A consciência costuma entrar em longos debates com os pensamentos, que a questionam e aprofundam a análise das ações. Esse processo gera na mente um exame interior, uma investigação pessoal (1 Coríntios 11.28), com o objetivo de alcançar um veredicto favorável — o testemunho de uma consciência limpa (2 Coríntios 1.12).
Em casos assim, mesmo que acusações externas prevaleçam, como ocorria com Paulo em Cesareia, há paz interior em função da consciência estar sem ofensa (Atos 24.1-16). Então, há descanso para a alma.
SINOPSE II
A consciência atua como um tribunal interior que acusa, defende e julga nossas atitudes diante de Deus e dos homens.
A consciência atua como um tribunal interior que acusa, defende e julga nossas atitudes diante de Deus e dos homens.
III – A CONSCIÊNCIA É FALÍVEL
1. Defeitos da consciência. A Bíblia menciona consciências defeituosas: cauterizada (insensível ao pecado) (Efésios 4.19 • 1 Timóteo 4.2), fraca (legalista) (1 Coríntios 8.7-12) e contaminada ou corrompida (Tito 1.15). Para a consciência funcionar bem é preciso estar corretamente educada e cuidada à luz da genuína Palavra de Deus, no Espírito Santo (1 Timóteo 1.5,19 • Romanos 9.1). Todo desequilíbrio é perigoso. A insensibilidade leva à complacência com o pecado, mas a hipersensibilidade produz extremismo, onde tudo é pecado. E é nesse campo que agem as seitas, manipulando e aprisionando almas incautas, como faziam os falsos mestres do primeiro século (Colossenses 2.16-23).
2. Deus, o Supremo-Juiz. Apesar de sua grande importância no exercício de juízo moral, o pronunciamento da consciência não tem valor absoluto ou definitivo. Como disse Paulo: “Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor” (1 Coríntios 4.4). Devemos sempre nos submeter humildemente a Deus, ainda que nossa consciência não nos acuse. Somente Ele, o Supremo-Juiz, pode sondar nosso interior e expor os mais profundos desígnios de nosso coração, mesmo os que nos sejam ocultos (Salmos 139.23,24 • 19.12,13). Às vezes nos consideramos corretos e precisamos ser confrontados para reconhecer nossos pecados. Davi permaneceu insensível e rigoroso até ser repreendido através do profeta Natã (2 Samuel 12.1-13). Pedro precisou ouvir o canto do galo (Lucas 22.54-62). Pecados do espírito, como soberba e orgulho, são os que mais se escondem (Provérbios 16.18).
SINOPSE III
A consciência pode ser corrompida ou enganada, e só funciona corretamente quando guiada pela Palavra e pelo Espírito Santo.
SINOPSE III
A consciência pode ser corrompida ou enganada, e só funciona corretamente quando guiada pela Palavra e pelo Espírito Santo.
■ CONCLUSÃO
Devemos manter nossa consciência sempre pura; renovada e iluminada por meio do contínuo estudo da Bíblia, nossa infalível regra de fé e prática (Salmos 119.18,34,130 • 2 Timóteo 3.16,17). Se ela nos acusar, não nos esqueçamos: o sangue de Cristo é poderoso para purificar a consciência de todo aquele que, arrependido, confiar no poder do seu sacrifício (Hebreus 9-14). Cheguemo-nos sempre a Ele com inteira certeza de fé (Hebreus 10.22).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é a consciência?
Do grego syneidesis (“saber com”), a consciência é uma faculdade inata, ou seja, todos nascem com ela. É como um sensor instalado na alma humana.
2. Como se deu a primeira manifestação da consciência?
Deus estabeleceu uma lei específica - a proibição de comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal - com o anúncio da penalidade: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.17). O homem transgrediu e experimentou o funcionamento acusativo da consciência: culpa, vergonha e medo.
3. O que é o direito natural?
Todo o ser humano nasce com um conteúdo normativo fundamental na alma, que é a lei moral, também chamada de lei da natureza ou direito natural.
4. Como a consciência funciona?
A consciência funciona como um órgão de acusação ou defesa, mas também exerce função judicante (Salmos 51.3).
5. A consciência é infalível?
A Bíblia menciona consciências defeituosas: cauterizada (insensível ao pecado) (Efésios 4.19; 1 Timóteo 4.2), fraca (legalista) (1 Coríntios 8.7-12) e contaminada ou corrompida (Tito 1.15).
LIÇÕES DO TRIMESTRE
LIÇÕES DO TRIMESTRE
Lição 1 - O Homem - Corpo, Alma e Espírito
Lição 2 - O Corpo - A Maravilhosa obra da Criação de Deus
Lição 3 - O Corpo e as Consequências do Pecado
Lição 4 - O Corpo como Templo do Espírito Santo
Lição 5 - A Alma - A Natureza lmaterial do Ser Humano
Lição 6 - A Consciência - O Tribunal lnterior
Lição 7 - Os Pensamentos - A Arena de Batalha na Vida Cristã
Lição 8 - Emoções e Sentimentos - A Batalha do Equilíbrio lnterior
Lição 9 - Vontade - O que Move o Ser Humano
Líção 10 - Espírito - O Âmago da Vida Humana
Lição 11 - O Espírito Humano e as Disciplinas Cristãs
Lição 12 - O Espírito Humano e o Espírito de Deus
Lição 13 - Preparando o Corpo, a Alma e o Espírito para a Eternidade
NÃO SAIA SEM ANTES
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Achei um tesouro! Muito bom! Estudando por aqui
ResponderExcluirGlória a Deus! Que Deus continue te abençoando grandemente e te dando entendimento das Santas Escrituras!
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